Joana – um experimento cênico é uma montagem construída a partir do teatro épico de Bertolt Brecht, tendo como referência a obra Santa Joana dos Matadouros. A encenação adota recursos característicos da estética brechtiana, como a fragmentação de cenas, o estranhamento e o uso do gestus, criando uma narrativa que se estrutura em recortes e quebras, ao invés de seguir uma linha contínua. O espaço cênico se configura como um ringue de boxe, metáfora para a luta de forças sociais e ideológicas que atravessam a trama, destacando o embate entre religião e capitalismo e levantando questionamentos sobre a condição humana frente ao sistema: o sistema seria uma armadilha? Até onde a sociedade se deixa conduzir pelo dinheiro? A figura de Joana, que resiste diante das pressões, é ameaçada pelo poder de Bocarra, personagem que concentra segredos e interesses obscuros, representando a opressão e as contradições sociais. Nesse contexto, o experimento aborda de forma irônica e crítica questões urgentes do cotidiano, como a homofobia, o racismo e as desigualdades produzidas pela lógica capitalista. Ao invés de oferecer respostas, o espetáculo busca provocar a reflexão, convidando o público a olhar para o mundo de maneira deslocada e estranhada, em consonância com a proposta brechtiana de um teatro que instiga a consciência crítica.

Inútil canto, inútil pranto pelos anjos caídos, de Plínio Marcos, é concebido como um poema cênico, um estudo sobre a condição humana em sua face mais dilacerada. A montagem busca dar corpo e voz a sentimentos empilhados, a direitos espremidos, a corações esmagados que insistem em clamar: vinte e cinco, duzentas e cinquenta, duas mil e quinhentas, vinte e cinco mil vezes por liberdade. O espetáculo se constrói na encruzilhada entre lirismo e denúncia, evocando a brutalidade poética de Plínio Marcos e transformando-a em um canto coral de resistência. O corpo, ardente como fogo, é a matéria que anuncia e sustenta o poema cênico: uma dramaturgia em carne viva, em que cada gesto é memória, ferida e desejo. A encenação utiliza o coro como dispositivo central, ampliando vozes e multiplicando presenças, de modo que gritos abafados tornam-se eco coletivo, criando uma paisagem sonora e corporal que denuncia opressões e projeta esperança, convidando o público a participar desse ritual estético e político que insiste na urgência da liberdade.

Este estudo cênico parte de uma investigação sobre a obra de Anton Tchekhov, explorando a fragmentação como recurso dramatúrgico e dialogando com o realismo de Constantin Stanislavski, especialmente a partir das reflexões presentes em A preparação do ator. A proposta nasce como um primeiro exercício do 1º ano técnico, constituindo-se como uma travessia inicial em um barco que ainda navegará por muitos outros oceanos. A encenação fragmenta e costura passagens de algumas das mais marcantes obras do dramaturgo russo — O Urso, A Gaivota, O Jardim das Cerejeiras, As Três Irmãs e Tio Vânia — compondo um mosaico de situações, sentimentos e atmosferas que revelam a essência das personagens e os conflitos humanos universais. Ao brincar com a fragmentação, o exercício tensiona os limites entre o realismo stanislavskiano e a experimentação cênica, permitindo aos atores uma investigação viva de processos, ao mesmo tempo em que provoca o público a reconhecer, nos fragmentos, o reflexo de um todo maior. Trata-se de um primeiro passo em direção a uma linhagem de pesquisa teatral, que se constrói no entrelaçamento de estudo, prática e criação.

Inútil canto, inútil pranto pelos anjos caídos, de Plínio Marcos, é concebido como um poema cênico, um estudo sobre a condição humana em sua face mais dilacerada. A montagem busca dar corpo e voz a sentimentos empilhados, a direitos espremidos, a corações esmagados que insistem em clamar: vinte e cinco, duzentas e cinquenta, duas mil e quinhentas, vinte e cinco mil vezes por liberdade. O espetáculo se constrói na encruzilhada entre lirismo e denúncia, evocando a brutalidade poética de Plínio Marcos e transformando-a em um canto coral de resistência. O corpo, ardente como fogo, é a matéria que anuncia e sustenta o poema cênico: uma dramaturgia em carne viva, em que cada gesto é memória, ferida e desejo. A encenação utiliza o coro como dispositivo central, ampliando vozes e multiplicando presenças, de modo que gritos abafados tornam-se eco coletivo, criando uma paisagem sonora e corporal que denuncia opressões e projeta esperança, convidando o público a participar desse ritual estético e político que insiste na urgência da liberdade.

Este estudo cênico parte de uma investigação sobre a obra de Anton Tchekhov, explorando a fragmentação como recurso dramatúrgico e dialogando com o realismo de Constantin Stanislavski, especialmente a partir das reflexões presentes em A preparação do ator. A proposta nasce como um primeiro exercício do 1º ano técnico, constituindo-se como uma travessia inicial em um barco que ainda navegará por muitos outros oceanos. A encenação fragmenta e costura passagens de algumas das mais marcantes obras do dramaturgo russo — O Urso, A Gaivota, O Jardim das Cerejeiras, As Três Irmãs e Tio Vânia — compondo um mosaico de situações, sentimentos e atmosferas que revelam a essência das personagens e os conflitos humanos universais. Ao brincar com a fragmentação, o exercício tensiona os limites entre o realismo stanislavskiano e a experimentação cênica, permitindo aos atores uma investigação viva de processos, ao mesmo tempo em que provoca o público a reconhecer, nos fragmentos, o reflexo de um todo maior. Trata-se de um primeiro passo em direção a uma linhagem de pesquisa teatral, que se constrói no entrelaçamento de estudo, prática e criação.